O jornalismo sindical teve início ainda
com o movimento operário europeu, ou seja, a partir da necessidade de
divulgação dos encontros, atos e ideologia desse movimento. Com isso era também
chamado de Jornalismo Proletário.
Há uma produção de veículos abertos e
fechados neste segmento do jornalismo. Os fechados são cartazes, boletins, newsletters,
jornal-mural, outros. Já os abertos, o sindicato tem de comprar espaço em algum
canal de Tv ou na grade de uma rádio para divulgar reivindicações.
As pautas deste segmento é a cobertura de
greves, passeatas, carreatas, caminhadas, demissões, negociações com o
patronato e até mesmo festas dos sindicatos. Já as fontes são os próprios
sindicatos na pessoa de um representante do mesmo, que pode ser o presidente do
sindicato, por exemplo. Pode ser também alguém do governo, algum secretário municipal,
no caso autoridades. Na greve estadual dos professores em Teresina, a classe
reunia-se com o secretário de Educação Átila Lira, então era ele uma fonte
oficial.
Muitos sindicatos na era da internet fazem
uso do blog como meio de divulgação de seus eventos e manifestações. O
jornalista sindical geralmente é alguém envolvido com as causas do sindicato,
ou seja, tem afinidade e por isso chega a ser indicado. A remuneração é boa se
o sindicato for expressivo e, principalmente para o estagiário de jornalismo,
que costuma receber menos da metade do piso salarial da categoria em portais,
por exemplo, isso, é claro, em Teresina.
A parcialidade é bastante pertinente e
necessária no jornalismo sindical, principalmente porque se o jornalista
publica uma manifestação sindical, ele tem de explicar o porquê da
manifestação, quais as reivindicações do manifesto, ou seja, com isso, tem que
defender através da notícia, que a manifestação é válida e o faz mostrando a
necessidade da categoria assessorada, expondo suas condições de trabalho, no
caso, condições ruins, já que estão lutando por melhorias.
Conclui-se que o Jornalismo
Sindical assume uma postura, a do sindicato e legitima ou tenta legitimar todas
as ações do assessorado, algo que só pode ser feito através da parcialidade,
direcionando pensamento e entendimento.
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