Tinha tudo para ser uma
conversa normal entre cobradora e passageira, até era, porém o assunto era social
demais. Ninguém soube, mas o transporte alternativo conhecido por ‘van’ ou ‘besta’
que faz percurso entre o bairro Mocambinho e o Alto da Ressurreição foi
assaltado na tarde do último sábado (21), por volta das 16h.
O crime aconteceu em um ponto
de ônibus da Avenida Maranhão, mais precisamente defronte ao Centro
Administrativo, zona sul de Teresina. “Quando a van tava parando eu olhei pra
parada e percebi logo que eram ‘malas’, porque um deles, o ‘branquin’, tem
mania de pegar e descer correndo pra não pagar, então eu joguei meus dois
celular pra ele (motorista), que escondeu”, contava a cobradora para a
passageira enquanto eu procurava um lugar para sentar, pois havia acabado de
tomar o alternativo na UESPI.
Segundo a cobradora, ela nem
chegou a abrir a porta, mal a van foi parando um dos elementos, pois eram dois,
meteu a mão pela janela da porta e a abriu. Os dois estavam armados com revólveres.
Subiram e anunciaram o assalto, “levaram tudo, fizeram o rapa, tinha um homem
que eu acho que queria reagir, mas eu olhava pra ele e fazia que não”, dizia
enquanto mostrava a posição e o local em que tinha escolhido ficar dentro da
van, ou seja, aquele perto da máquina de passar o cartão eletrônico.
“Eles desceram, atravessaram a
avenida e já iam assaltar a van que vinha na outra mão, a sorte é que eu liguei
rápido e disse: -Não para, que eles vão roubar, não para!”, relatou ao mesmo
tempo em que contava sobre a demora de 40 minutos da polícia. “Pior é que todas
já foram assaltadas ali, todas as outras”, dizia, referindo-se aos transportes
alternativos que passam pelas proximidades do Chão de Estrelas e sede do Corpo
de Bombeiros na Avenida Maranhão, que por sinal está sendo pavimentada,
inclusive no turno da noite e, ainda assim a segurança que se tem é única, quer
dizer, nenhuma.
Ainda de acordo com a
cobradora, a van não está mais parando no Centro administrativo, “só se for pra
alguém descer e olhe lá”, assegurou. Eu próprio testemunhei nessa viagem em que
ouvi o relato do assalto, a van negando parada para um passageiro no ponto de
ônibus depois da Agespisa. Seria necessário um guarda da Servi-San em cada
alternativo agora? Ou cada cobrador(a) ter porte legal e andar armado. Grande
parte dos cobradores das vans em Teresina são mulheres, mesmo sem dados digo
por experiência própria, pois faço uso diário do transporte alternativo
enquanto estudante universitário da UESPI, já que todas as linhas alternativas
passam pela universidade em questão.
É violência muita!!! O cidadão já não tem se quer liberdade de andar sem medos. Males de cidades grandes afetando Teresina.
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