quinta-feira, maio 17, 2012

A mídia que produz e interfere na produção

Programete de Comunicão Produção- Conselho Federal de Psicologia:

 

http://www.youtube.com/watch?v=m-ihC_fX6Lw


     O vídeo Programete de Comunicação, produzido pelo Conselho Federal de Psicologia, vide link: http://www.youtube.com/watch?v=m-ihC_fX6Lw, retrata a produção e a interferência que a mídia exerce na formação dos indivíduos. O vídeo mostra alguns pensadores do Conselho, jornalistas inclusive, comentando o tema.

     A mídia é o local por onde a informação circula. Na informação constam os fatos do dia a dia de cada sociedade, logo são notáveis os costumes, o pensamento (consenso) predominante, a linguagem e outros vetores que legitimam o emaranhado de pessoas de toda e qualquer comunidade.

     Em um país extenso como o Brasil, onde cada região possui suas peculiaridades, a mídia nacional tenta representar de alguma forma, ou de forma generalizada, as tradições que mais despontam.

     Desta maneira a imprensa incute várias vozes (estéticas, ideológicas, performáticas) em seu discurso, tornando o povo que dá forma ao país, um povo plural, repleto de referências. Porém o modo de absolvição, possíveis ruídos e/ou distorções podem comprometer ou não a formação pessoal de cada indivíduo.

     A mídia consegue ao mesmo tempo produzir e interferir na produção e na personalidade do sujeito. É objetivo observarmos, por exemplo, que estudos na área da Comunicação apontam que aquilo que nos causa mais interesse é absorvido com maior facilidade e, apesar de sabermos que a mídia não consegue representar integralmente toda uma nação, e seria ingênuo afirmar que sim, faz parecer que tudo o que é veiculado diz respeito à vida de todos.

     De acordo com o vídeo, a subjetividade é fruto de relações sociais, a mídia tem um interesse, então existe o que ela fala e o que ela fala nas entrelinhas. Acontece então que nas telas não aparecem pessoas dizendo “Faça isso”, ao contrário, alguém que possui certo prestígio junto a grande parcela da população aparece “fazendo isso”, ou deixando de fazer com algum motivo subliminar. Desta forma é que surgem os modismos, os produtos do momento e a vontade de reproduzir e/ou consumi-los. É desta forma que percebo a subjetividade atrelada à mídia e é desta forma que há massificação, a atomização do ser, quando deixam de observar e criar algo novo, para apenas reproduzir o que já foi reproduzido. Trata-se de uma subjetividade que existe e parou de funcionar, digamos, ou que não foi estimulada o suficiente.

     Contudo, se houver um número cada vez maior de veículos e discussões em torno das expressões particulares de cada região, a consciência e respeito à manutenção das tradições será igualmente maior. Caso haja uma coordenação uniforme da mídia, a população será cada vez mais homogênea, perdendo as experiências cultivadas há tempos e a oportunidade dessas tradições evoluírem, serem transformadas às características de cada época que surge.

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