Programete de
Comunicão Produção- Conselho Federal de Psicologia:
http://www.youtube.com/watch?v=m-ihC_fX6Lw
O vídeo Programete de Comunicação, produzido pelo Conselho Federal de
Psicologia, vide link: http://www.youtube.com/watch?v=m-ihC_fX6Lw, retrata a
produção e a interferência que a mídia exerce na formação dos indivíduos. O
vídeo mostra alguns pensadores do Conselho, jornalistas inclusive, comentando o
tema.
A mídia é o local por onde a informação circula. Na informação constam
os fatos do dia a dia de cada sociedade, logo são notáveis os costumes, o
pensamento (consenso) predominante, a linguagem e outros vetores que legitimam
o emaranhado de pessoas de toda e qualquer comunidade.
Em um país extenso como o Brasil, onde cada região possui suas
peculiaridades, a mídia nacional tenta representar de alguma forma, ou de forma
generalizada, as tradições que mais despontam.
Desta maneira a imprensa incute
várias vozes (estéticas, ideológicas, performáticas) em seu discurso, tornando
o povo que dá forma ao país, um povo plural, repleto de referências. Porém o
modo de absolvição, possíveis ruídos e/ou distorções podem comprometer ou não a
formação pessoal de cada indivíduo.
A mídia consegue ao mesmo tempo produzir e interferir na produção e na
personalidade do sujeito. É objetivo observarmos, por exemplo, que estudos na
área da Comunicação apontam que aquilo que nos causa mais interesse é absorvido
com maior facilidade e, apesar de sabermos que a mídia não consegue representar
integralmente toda uma nação, e seria ingênuo afirmar que sim, faz parecer que
tudo o que é veiculado diz respeito à vida de todos.
De acordo com o vídeo, a subjetividade é fruto de relações sociais, a
mídia tem um interesse, então existe o que ela fala e o que ela fala nas
entrelinhas. Acontece então que nas telas não aparecem pessoas dizendo “Faça
isso”, ao contrário, alguém que possui certo prestígio junto a grande parcela
da população aparece “fazendo isso”, ou deixando de fazer com algum motivo
subliminar. Desta forma é que surgem os modismos, os produtos do momento e a
vontade de reproduzir e/ou consumi-los. É desta forma que percebo a
subjetividade atrelada à mídia e é desta forma que há massificação, a
atomização do ser, quando deixam de observar e criar algo novo, para apenas
reproduzir o que já foi reproduzido. Trata-se de uma subjetividade que existe e
parou de funcionar, digamos, ou que não foi estimulada o suficiente.
Contudo, se houver um número cada vez maior de veículos e discussões em
torno das expressões particulares de cada região, a consciência e respeito à
manutenção das tradições será igualmente maior. Caso haja uma coordenação
uniforme da mídia, a população será cada vez mais homogênea, perdendo as
experiências cultivadas há tempos e a oportunidade dessas tradições evoluírem,
serem transformadas às características de cada época que surge.
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