Que coisa, não?!
Obs.: Até onde se sabe, a casa noturna na foto não é propriedade de Beth Cuscuz.
terça-feira, setembro 04, 2012
segunda-feira, setembro 03, 2012
THE: Candidato a vereador pode estar usando lista do DCE para divulgar agenda política
Os alunos da Universidade Federal do
Piauí (Ufpi) denunciam que o candidato a vereador de Teresina pelo PC do B,
Cássio Borges (65123), estaria utilizando a lista de contatos do Diretório
Central dos Estudantes (DCE) da UFPI para enviar sua agenda política.
Segundo os alunos, eles recebem as
propagandas através de seus e-mails e celulares. A universitária de sobrenome
Sousa, em conversa pelo facebook comentou o caso de seu namorado.
A propaganda recebida pelos estudantes
através de seus e-mails é a que segue no ‘print’.
No último domingo (02), os alunos
receberam convites para uma feijoada.
A imagem acima foi enviada pelo
universitário cujo sobrenome é Carvalho, porém foi tirada do celular de sua
namorada, pois a que ele recebera, já fora excluída.
A desconfiança de que o candidato em
questão estaria utilizando-se da lista de contatos do DCE, órgão do qual Cássio
já foi Coordenador de Formação, é porque os alunos que receberam as propagandas políticas
não possuem ou mantém contato algum com ele. A seguir o universitário cujo
segundo nome é Júnior corrobora positivamente.
Obs.: Pelos depoimentos
sexta-feira, julho 27, 2012
Jornalismo Popular
Teve
início no século XX, também por volta da década de 20, “sensacionalizando” o
cotidiano popular e pitoresco da população, personagem principal retratado nas
linhas e cadernos que chegavam a vender 120 mil exemplares/dia.
Surgiu logo após a revolução industrial e
com a necessidade de produção em massa. Essa industrialização mudou a dinâmica
da vida nas cidades, trouxe males e preocupações que passaram a ser abordadas
nas páginas dos jornais, antes com caráter mais publicitário que informativo. Se
o cotidiano havia sido modificado, isso era preciso ser mostrado para a
população, ou seja, o jornalismo passou a ter um caráter mais educativo
informacional.
A preocupação do jornalismo popular é ser
didático e atingir desta forma o maior número possível de consumidores de
notícia. Para isso houve a necessidade de escrachar situações, medos, campanhas
em charges e fotos que beirassem o humor e a ironia, recursos que passaram a
serem recorrentes em textos, títulos com trocadilhos, traduzindo, trata-se de
uma ‘educação sensacionalista’.
O sensacional muitas vezes trás notícias
pesadas, imagens fortes, denúncias e violência. No sul do Brasil, por exemplo,
a identificação criada para quem pratica crimes hediondos é “alma seboza”, que
inclusive já rendeu um documentário homônimo.
Os programas policiais na Tv exercitam
esse jornalismo de maneira “eficiente” com apresentadores, muitas vezes
demagogos quando apelam para uma situação onde primeiro- criam uma expectativa
enorme com ‘chamadas’ apelativas no sentido de criar e manter audiência;
segundo- mostram o fato, terceiro- faz de modo superficial um discurso de
revolta e repúdio às autoridades responsáveis pelo problema abordado na
notícia, seja ele social, ambiental ou qualquer que seja (já que o programa não
pode se comprometer para não sair do ar por despertar a ira dessas mesmas
autoridades). Se a notícia for sobre um delito, um crime, o repúdio volta-se
contra quem o comete, de forma que bloqueia a discussão que poderia ser
levantada para analisar o que teria levado alguém a praticar tal ato e ao
final, o apresentador suaviza o discurso mostrando que o caminho para quem é
violento, criminoso é apenas um ou dois, como a morte ou a prisão.
De toda forma, o jornalismo popular mesmo ‘espetacularizando’
fatos pequenos para que pareçam ter uma importância maior, faz isso com alguma
técnica, até mesmo porque acredita que não só de sensacionalismo sobrevive o
jornal, o programa, a venda de espaço na grade para publicidade, é preciso ter
também credibilidade. Com isso, a manipulação e fragmentação da informação
veiculada são feita com algum rigor.
segunda-feira, julho 23, 2012
Van que faz linha Mocambinho/Alto da Ressurreição é assaltada em Teresina
Dois homens assaltaram a van na tarde do último sábado (21)
Tinha tudo para ser uma
conversa normal entre cobradora e passageira, até era, porém o assunto era social
demais. Ninguém soube, mas o transporte alternativo conhecido por ‘van’ ou ‘besta’
que faz percurso entre o bairro Mocambinho e o Alto da Ressurreição foi
assaltado na tarde do último sábado (21), por volta das 16h.
O crime aconteceu em um ponto
de ônibus da Avenida Maranhão, mais precisamente defronte ao Centro
Administrativo, zona sul de Teresina. “Quando a van tava parando eu olhei pra
parada e percebi logo que eram ‘malas’, porque um deles, o ‘branquin’, tem
mania de pegar e descer correndo pra não pagar, então eu joguei meus dois
celular pra ele (motorista), que escondeu”, contava a cobradora para a
passageira enquanto eu procurava um lugar para sentar, pois havia acabado de
tomar o alternativo na UESPI.
Segundo a cobradora, ela nem
chegou a abrir a porta, mal a van foi parando um dos elementos, pois eram dois,
meteu a mão pela janela da porta e a abriu. Os dois estavam armados com revólveres.
Subiram e anunciaram o assalto, “levaram tudo, fizeram o rapa, tinha um homem
que eu acho que queria reagir, mas eu olhava pra ele e fazia que não”, dizia
enquanto mostrava a posição e o local em que tinha escolhido ficar dentro da
van, ou seja, aquele perto da máquina de passar o cartão eletrônico.
“Eles desceram, atravessaram a
avenida e já iam assaltar a van que vinha na outra mão, a sorte é que eu liguei
rápido e disse: -Não para, que eles vão roubar, não para!”, relatou ao mesmo
tempo em que contava sobre a demora de 40 minutos da polícia. “Pior é que todas
já foram assaltadas ali, todas as outras”, dizia, referindo-se aos transportes
alternativos que passam pelas proximidades do Chão de Estrelas e sede do Corpo
de Bombeiros na Avenida Maranhão, que por sinal está sendo pavimentada,
inclusive no turno da noite e, ainda assim a segurança que se tem é única, quer
dizer, nenhuma.
Ainda de acordo com a
cobradora, a van não está mais parando no Centro administrativo, “só se for pra
alguém descer e olhe lá”, assegurou. Eu próprio testemunhei nessa viagem em que
ouvi o relato do assalto, a van negando parada para um passageiro no ponto de
ônibus depois da Agespisa. Seria necessário um guarda da Servi-San em cada
alternativo agora? Ou cada cobrador(a) ter porte legal e andar armado. Grande
parte dos cobradores das vans em Teresina são mulheres, mesmo sem dados digo
por experiência própria, pois faço uso diário do transporte alternativo
enquanto estudante universitário da UESPI, já que todas as linhas alternativas
passam pela universidade em questão.
segunda-feira, julho 16, 2012
Noções básicas sobre Jornalismo Sindical
O jornalismo sindical teve início ainda
com o movimento operário europeu, ou seja, a partir da necessidade de
divulgação dos encontros, atos e ideologia desse movimento. Com isso era também
chamado de Jornalismo Proletário.
Há uma produção de veículos abertos e
fechados neste segmento do jornalismo. Os fechados são cartazes, boletins, newsletters,
jornal-mural, outros. Já os abertos, o sindicato tem de comprar espaço em algum
canal de Tv ou na grade de uma rádio para divulgar reivindicações.
As pautas deste segmento é a cobertura de
greves, passeatas, carreatas, caminhadas, demissões, negociações com o
patronato e até mesmo festas dos sindicatos. Já as fontes são os próprios
sindicatos na pessoa de um representante do mesmo, que pode ser o presidente do
sindicato, por exemplo. Pode ser também alguém do governo, algum secretário municipal,
no caso autoridades. Na greve estadual dos professores em Teresina, a classe
reunia-se com o secretário de Educação Átila Lira, então era ele uma fonte
oficial.
Muitos sindicatos na era da internet fazem
uso do blog como meio de divulgação de seus eventos e manifestações. O
jornalista sindical geralmente é alguém envolvido com as causas do sindicato,
ou seja, tem afinidade e por isso chega a ser indicado. A remuneração é boa se
o sindicato for expressivo e, principalmente para o estagiário de jornalismo,
que costuma receber menos da metade do piso salarial da categoria em portais,
por exemplo, isso, é claro, em Teresina.
A parcialidade é bastante pertinente e
necessária no jornalismo sindical, principalmente porque se o jornalista
publica uma manifestação sindical, ele tem de explicar o porquê da
manifestação, quais as reivindicações do manifesto, ou seja, com isso, tem que
defender através da notícia, que a manifestação é válida e o faz mostrando a
necessidade da categoria assessorada, expondo suas condições de trabalho, no
caso, condições ruins, já que estão lutando por melhorias.
Conclui-se que o Jornalismo
Sindical assume uma postura, a do sindicato e legitima ou tenta legitimar todas
as ações do assessorado, algo que só pode ser feito através da parcialidade,
direcionando pensamento e entendimento.
sexta-feira, junho 29, 2012
Vídeo Programete "CHATIADO"
O áudiovisual foi projetado e exectuado por alunos do Curso de Comunicação Social
segunda-feira, junho 18, 2012
Shopping da Cidade-THE vende pouco no primeiro andar
Vendedores do
Shopping da Cidade reclamam de baixa venda no primeiro andar
Vendedores do Shopping da Cidade, alocados no primeiro andar, reclamam
da baixa venda. O motivo apontado é de que os visitantes e compradores em suas
andanças fazem as compras no térreo e chegam ao primeiro andar de sacolas
cheias e bolsos vazios.
O espaço que é constituído de um andar térreo e dois andares subjugados
acima, possui as mesmas opções de venda no térreo e no primeiro andar. Com isso,
quem visita o local, sem se dar conta, acaba olhando e adquirindo os produtos
de sua preferência todos do térreo, esquecendo o andar acima e a possibilidade
de que algum acessório que tenha por lá, o agrade mais que o já comprado
embaixo.
Perguntada sobre qual ponto para sua venda, a vendedora Maria de Lourdes
Aguiar do Shopping preferia estar, respondeu, “na parada de ônibus, meu fi”, disse e,
isso nem só pelo o fato de a venda ser baixa por estar no primeiro andar, pois
esta mesma vendedora afirmou que no centro da cidade onde vendia antes,
conseguia ganhar mais, “o centro que é o buraco do dinheiro, aqui não, a gente
vende, mas nem se compara” falou.
Contudo os vendedores em geral, reconhecem uma melhor comodidade que o Shopping
oferece, tendo em vista as adversidades encontradas no centro como montar
barraca todo dia, chuva inesperada, alugar um espaço para guardar seu material,
etc. Tais preocupações deixaram de existir quando os vendedores se mudaram para
o Shopping, conhecido popularmente como Shopping dos Camelôs, que oferece um
espaço seguro, limpo e que vem a ser mais um ponto turístico de Teresina, “O
bom daqui é o conforto que lá no centro não tem, só isso”, é o que diz a
vendedora Deuselita Santos.
Há outros motivos apontados como causa da pouca venda no primeiro andar.
A mais nova das vendedoras entrevistadas disse que “há pessoas que têm medo de
subir na escada rolante e por isso preferem fazer suas compras no térreo”.
Outra vendedora apontou o fato de que muitas pessoas vão até o local apenas
para tirar fotos, bater pernas e que na maioria das vezes quando decidem subir
aos outros andares, vão direto para o setor de alimentação (que fica no último
andar) com as compras já feitas.
Comunicação e a Cultura Popular
Os comentários a seguir são reflexões extraídas do livro A
ESPETACULARIZAÇÃO DAS CULTURAS POPULARES OU PRODUTOS FOLKMIDIÁTICOS. (Osvaldo
Trigueiro)
1-
Produtos
Folkmidáticos e Conceito.
Produtos midiáticos
são aqueles advindos a partir da apropriação e incorporação das manifestações
culturais populares pela mídia, ou como os atuantes dessas manifestações
utilizam as tecnologias novas para repensarem os seus produtos culturais. É
como uma flecha de duas pontas, tanto da parte de quem produz como de quem a
promove se apropriando da produção. Pode-se dizer que é a reformulação da
estrutura midiática para alcançar a camada popular como a reformulação vez ou
outra no conteúdo cultural para se adequar à mídia sem deixar de ser popular,
nisso se dá uma cumplicidade entre as duas ferramentas de campos diferentes.
Quanto ao
conceito, Osvaldo Trigueiro afirma ser recente, ainda em construção, que
vem se consolidando como instrumento de observação das estratégias de produção,
circulação e consumo de bens culturais folkcomunicacionais.
2- Relação Culturas Midiáticas e Populares.
Há uma adequação
por parte das culturas populares em relação à midiática que resulta em novos
produtos de bens culturais de consumo. Atualmente essa mediação entre as duas
culturas sofre maior influência da Televisão, que, por exemplo, pega uma
estória de algum escritor pouco conhecido globalmente, exceto na sua localidade
e vizinhança, onde suas estórias são conhecidas oralmente e adapta toda a
criatividade literária daquele autor para o meio televisivo, tornando aquelas
estórias não só mais um produto cultural, mas também de consumo. Nessa
adaptação feita, agora será vendido também entretenimento, roupa,
turismo(conforme o lugar em que se passa a trama), etc. A manifestação que era
só de uma cidade pequena e suas vizinhanças, através da interferência, da
mediação midiática, deixou de ser dos grupos multimidiáticos, empresas e seus
consumidores. Um pulo do social para o econômico.
3- Mediação Midiática influenciada pela Televisão.
Apropriação.
De acordo com o autor,
a sociedade humana no mundo globalizado é inserida nos processos midiáticos.
Quase todos os acontecimentos da vida cotidiana podem se transformar em
espetáculos midiáticos, logo porque segundo o autor, a cultura popular está
sempre aberta a setores de produção cultural, a outros significados, a novas
práticas sociais, aos novos sistemas de comunicação. Outro posicionamento de
Osvaldo é que, “não e nova a estratégia de apropriação das tecnologias de
comunicação pelos produtores de cultura popular para recolocar o local no
mercado global” e cita o exemplo de Luiz Gonzaga que reinventou a música
nordestina para fazer no rádio, cinema e televisão, sendo reconhecido pela
intelectualidade brasileira.
quinta-feira, maio 31, 2012
Resenha Crítica: Livro A REPORTAGEM de Nilson Lage
O livro A Reportagem (Teoria
e Técnica de Entrevista e Pesquisa Jornalística) de Nilson Lage, é composto de
oito capítulos e mais o Apêndice. Na obra o autor percorre várias “etapas” se
assim pode se dizer do jornalismo, partindo do repórter e seguindo para a
pauta, fonte, entrevistado, ética, pesquisa e etc.
No primeiro capítulo chamado, Ser repórter, Nilson
Lage começa dizendo: “para as pessoas em geral a figura humana mais
característica do jornalismo e quem é mais importante na redação segundo os
jornalistas é o repórter”. E prossegue explanando desde o surgimento do
jornalismo no século XVII, que era essencialmente publicista.
Os primeiros jornais
circularam em centros de comércio ligados à burguesia. Fazer jornal era uma
atividade barata. O público leitor era restrito a funcionários públicos,
comerciantes e seus auxiliares imediatos. O século XIX europeu mudou
radialmente as condições em que se exercia o jornalismo. Com a Revolução
Industrial, o público leitor ampliou-se rapidamente. Foi necessário mudar
progressivamente o estilo das matérias que os jornais publicavam. Descobre-se a
importância dos títulos, que são como anúncios do texto, e dos furos ou
notícias em primeira mão. Repórteres passaram a ser bajulados, temidos e
odiados. A reportagem colocou em primeiro planos novos problemas, como
discernir o que é privado, de interesse individual, do que é público, de
interesse coletivo; o que o Estado pode manter em sigilo e o que não pode.
A indústria dos jornais
prosperou com a América. Instituíram-se os cursos superiores de jornalismo e
buscaram-se, por via da pesquisa acadêmica, padrões para a apuração e o
processamento de informações. Estabeleceu-se que a informação jornalística
deveria reproduzir os dados obtidos com as fontes; que os testemunhos de um
fato que deveriam ser confrontados uns com os outros para que se obtivesse a
versão mais próxima possível da realidade. É através do jornalismo que a
informação circula, transporta para uma língua comum e simplificada, a
informação torna-se, portanto matéria prima fundamental e o jornalista um
tradutor de discursos.
O repórter para fazer o seu
trabalho tem como auxílio a pauta, que não só orienta como também facilita e
agiliza na construção de uma matéria. A instituição da pauta como procedimento
padronizado é relativamente recente. Antes, apenas as matérias principais ou de
interesse da direção eram programadas. O principal objetivo de uma pauta é
planejar a edição. O princípio é que, mesmo que não aconteça nada não previsto
em determinado dia o jornal sairá no dia seguinte. Evita o consumo inútil de
homens-horas em produtos que jamais serão veiculados. A pauta deve, tanto
quanto possível, disponibilizar as informações que se tem previamente e indicar
as fontes de pesquisa conhecidas para a preparação da matéria. Deve também
avaliar o tempo necessário à apuração adequada.
As fontes de informação com
que se organizam as pautas são notícias publicadas em rádio, jornal, televisão
e na internet, press releasIes e informações liberadas por fontes diversas,
como assessorias de imprensa; dados que chegam ao conhecimento dos repórteres
em seu trabalho rotineiro; matérias realizadas em outras praças, cartas,
telefonemas e e-mails de leitores ou
de qualquer outra origem.
A forma de obter as
informações com a fonte é através da entrevista, que pode ser ritual (o ponto
de interesse está mais centrado na exposição da voz, da figura do entrevistado,
do que o que ele tem a dizer), a temática (aborda um tema), testemunhal (o
relato do entrevistado sobre algo de que ele participou ou a que assistiu) e profundidade
(o que interessa é a figura do entrevistado). Nilson Lage dá orientações para
ajudar o jornalista na hora de fazer uma entrevista: não confiar só no
equipamento, “porque equipamentos enguiçam”, por isso o jornalista deve anotar
palavras chaves, indicando os principais temas na sequência que ocorreram.
Fazer uma pesquisa para ter uma idéia do que vai perguntar e saber perguntar
sobre a resposta.
As circunstâncias da
realização de uma entrevista podem ser ocasional (não é programada), confronto
(o repórter assume o papel de inquisidor), coletiva (o entrevistado é submetido
a perguntas de vários repórteres, que representam diferentes veículos) e dialogal
(é a entrevista por excelência). A entrevista coletiva beneficia o
entrevistado, porque há limitação no bloqueio do dialogo, isto é, da pergunta
construída sobre a resposta.
O jornalista deve sempre estar
se orientando pela ética de sua profissão, e saber que assim como ele tem
direitos como o sigilo da fonte, existe coisas que não são permitidas e devem
ser respeitadas. Supostos desafios éticos fundamentam-se na tese radical de que
a divulgação de um procedimento é capaz de induzir pessoas a reproduzi-lo. Por
esse critério, não se divulgam suicídios, para evitar que as pessoas, por
imitação, se suicidassem, nem roubos ardilosos, para impedir que o ardil fosse
reproduzido. O autor deixa claro que jornalistas não podem ser éticos sozinhos
se, por exemplo, as empresas e as fontes de informação não o são.
Mais adiante no livro A
Reportagem, o autor entra na discussão de que os jornalistas não precisam ser
“cientistas” nas editorias que “cobrem” e sim devem ter conhecimento suficiente
dos assuntos da editoria a que pertencem. Como Diz Nilson Lage “um repórter de
política nacional, por exemplo, não precisa ser um cientista político (e, se
for, usará em seu trabalho muito pouco da ciência política que aprendeu), mas
devem dispor do máximo de informações sobre a história recente, a organização
do Estado e a natureza dos fatos políticos”.
Segundo o livro, o
jornalista obtém uma reportagem completa através da pesquisa. “no entanto, todo
repórter, confrontando-se com assessores de imprensa e entrevistados, já sentiu
o desejo de ir adiante, fuçar papéis e arquivos em busca de verdade mais
completa, menos tendenciosa ou mais conforme o desejo de saber do público”. A
internet hoje é o meio mais utilizado pelos jornalistas como forma de pesquisa,
mas um obstáculo é a confiabilidade, não se sabe se o que está na internet é
verdadeiro, se resulta de um trabalho sério, de mera especulação ou fantasia. Outra
forma de pesquisa é através de bancos de dados, dispositivos que permitem
armazenar de maneira ordenada grande volume de informações, em forma de
números, textos, fotografias, gráfico e etc. Os bancos de dados permitem ganho
de tempo, qualidade das informações e consequentemente do texto.
Considerações
O livro de Nilson Lage passa
pelos vários “caminhos” do jornalismo, desde o repórter até o entrevistado, que
é de grande utilidade e fonte de conhecimento não só para os jornalistas, mas
principalmente para os estudantes de jornalismo, porque o livro é uma espécie
de conhecimentos básicos para quem ainda está ganhando informações sobre a
profissão de jornalista. “O jornal é atualmente produto de primeira
necessidade, sem o qual o homem moderno não consegue gerir sua vida produtiva,
programar seu lazer, orientar-se no mundo e, finalmente, formular suas
opiniões. É uma forma de conhecimento e um serviço público essencial. Nesse
contexto, nada mais inútil do que um jornalista militante, cujo discurso se
pode adivinhar antes mesmo de lê-lo ou ouvi-lo”.
Caso Fernanda Lages: nove meses de investigação
O caso da estudante encontrada morta na noite de 25 de agosto de 2011 em um prédio do Ministério Público em construção na zona leste de Teresina, já ganhou notoriedade nacional, já provocou atrito entre promotores, políticos e polícia civil e, agora chega a nove meses de investigação, detalhe: sem solução, sem a natureza da morte, sem indiciados ou possíveis suspeitos, nada praticamente.
Nove meses é o tempo exato para se gerar uma vida, porém não foi suficiente para a Polícia descobrir de fato, quem tirou uma ou se realmente a tiraram, no caso, a da universitária Fernanda Lages. A última informação que se tem sobre a morte é que "até o final do mês de maio, o corpo da Fernanda poderá retornar ao Piauí e, junto com os restos mortais virão também os relatórios periciais realizados em São Paulo e Brasília”, como bem afirmou o promotor Ubiraci Rocha e o que não aconteceu até o momento.
Em isso acontecendo, junta-se os relatórios testemunhais com os vindos de SP e DF para dar por concluída a investigação. Ainda segundo, Ubiraci, a tese do homicídio é a mais provável. Para se chegar a tal conclusão, a Polícia Federal, atual responsável pelo inquérito, montou uma equipe com agentes de outros estados, utlizou equipamentos modernos para perícia na obra onde foi encontrado o corpo de Fernanda, coletou o DNA de seus pais e exumou o corpo da estudante.
Dessa maneira, a sociedade piauiense, além da família Lages, espera uma solução para o caso, que repercutiu bastante também em função da possibilidade de haver personalidades sociais e até esquemas de prostituição envolvidos na morte.
Nove meses é o tempo exato para se gerar uma vida, porém não foi suficiente para a Polícia descobrir de fato, quem tirou uma ou se realmente a tiraram, no caso, a da universitária Fernanda Lages. A última informação que se tem sobre a morte é que "até o final do mês de maio, o corpo da Fernanda poderá retornar ao Piauí e, junto com os restos mortais virão também os relatórios periciais realizados em São Paulo e Brasília”, como bem afirmou o promotor Ubiraci Rocha e o que não aconteceu até o momento.
Em isso acontecendo, junta-se os relatórios testemunhais com os vindos de SP e DF para dar por concluída a investigação. Ainda segundo, Ubiraci, a tese do homicídio é a mais provável. Para se chegar a tal conclusão, a Polícia Federal, atual responsável pelo inquérito, montou uma equipe com agentes de outros estados, utlizou equipamentos modernos para perícia na obra onde foi encontrado o corpo de Fernanda, coletou o DNA de seus pais e exumou o corpo da estudante.
Dessa maneira, a sociedade piauiense, além da família Lages, espera uma solução para o caso, que repercutiu bastante também em função da possibilidade de haver personalidades sociais e até esquemas de prostituição envolvidos na morte.
sexta-feira, maio 25, 2012
Ossos do Ofício
É
notável o risco que o exercício de certas profissões apresenta: algumas em
maior grau, outras nem tanto. Há no jornalismo dois riscos latentes, o de ser
processado e o de morte. Jornalistas investigativos por serem mais atuantes,
estão também mais susceptíveis a tais riscos.
Desde o império tem-se notícia de jornalistas mortos, como é o caso de
Líbero Badaró. Jornalistas quando são combativos, sofrem ameaça de morte, mas, acreditam
que devem cumprir sua obrigação desmascarando esquemas, denunciando
irregularidades institucionais ou não como Tim Lopes a nível nacional, Décio
Sá, região Nordeste e Donizete Adalto no Piauí.
O
jornalista Tim Lopes foi morto ao tentar fazer imagens de um baile funk com uma
micro câmera escondida, porém foi reconhecido por traficantes, teve o corpo
esquartejado e queimado pelo grupo do traficante Elias Maluco. Décio Sá, conhecido
por manter em seu blog denúncias envolvendo instituições e personalidades
políticas no Maranhão, foi morto a tiros em um bar da Avenida Litorânea, no
Maranhão. Donizete Adalto apresentava programa na Tv local e era candidato a
deputado em 1998. O apresentador foi morto próximo das eleições ao voltar de um
comício. Apresentador polêmico que era, sua visibilidade era creditada a
denúncias e ao combate à ‘máfia’. Morto, as investigações apontaram que o
possível suspeito era do mesmo partido do jornalista e que também era candidato
a deputado, porém com menos intenção de votos que Donizete, conforme apontavam
as pesquisas da época.
É
interessante notar que, geralmente, em casos envolvendo morte de jornalistas, a
justiça nem sempre é plena, pois no caso de Tim Lopes, dos assassinos que foram
presos e condenados, muitos tiveram benefícios da justiça penal como redução de
pena e até liberdade condicional. No caso do jornalista Décio Sá, as
investigações ainda estão em curso, então não é inteligente colocá-lo como no
plano das mortes de jornalistas sem solução. Já o principal suspeito de
arquitetar a morte de Donizete Adalto encontra-se em liberdade, pois seu
julgamento vem sendo adiado há anos.
Para um jornalista que passou a vida
desbaratando esquemas, investigando denúncias e trazendo-as a público e pondo a
própria vida bem como a de familiares também em risco, chega a ser no mínimo
ultrajante que sua morte fique sem solução, sem condenação de culpados e assim
sendo, o corpo que lutou em vida contra injustiças e mazelas, nem mesmo depois
de morto pode alcançar o descanso dos justos, tendo em vista suas mortes saírem
impunes.
quinta-feira, maio 17, 2012
A mídia que produz e interfere na produção
Programete de
Comunicão Produção- Conselho Federal de Psicologia:
http://www.youtube.com/watch?v=m-ihC_fX6Lw
O vídeo Programete de Comunicação, produzido pelo Conselho Federal de
Psicologia, vide link: http://www.youtube.com/watch?v=m-ihC_fX6Lw, retrata a
produção e a interferência que a mídia exerce na formação dos indivíduos. O
vídeo mostra alguns pensadores do Conselho, jornalistas inclusive, comentando o
tema.
A mídia é o local por onde a informação circula. Na informação constam
os fatos do dia a dia de cada sociedade, logo são notáveis os costumes, o
pensamento (consenso) predominante, a linguagem e outros vetores que legitimam
o emaranhado de pessoas de toda e qualquer comunidade.
Em um país extenso como o Brasil, onde cada região possui suas
peculiaridades, a mídia nacional tenta representar de alguma forma, ou de forma
generalizada, as tradições que mais despontam.
Desta maneira a imprensa incute
várias vozes (estéticas, ideológicas, performáticas) em seu discurso, tornando
o povo que dá forma ao país, um povo plural, repleto de referências. Porém o
modo de absolvição, possíveis ruídos e/ou distorções podem comprometer ou não a
formação pessoal de cada indivíduo.
A mídia consegue ao mesmo tempo produzir e interferir na produção e na
personalidade do sujeito. É objetivo observarmos, por exemplo, que estudos na
área da Comunicação apontam que aquilo que nos causa mais interesse é absorvido
com maior facilidade e, apesar de sabermos que a mídia não consegue representar
integralmente toda uma nação, e seria ingênuo afirmar que sim, faz parecer que
tudo o que é veiculado diz respeito à vida de todos.
De acordo com o vídeo, a subjetividade é fruto de relações sociais, a
mídia tem um interesse, então existe o que ela fala e o que ela fala nas
entrelinhas. Acontece então que nas telas não aparecem pessoas dizendo “Faça
isso”, ao contrário, alguém que possui certo prestígio junto a grande parcela
da população aparece “fazendo isso”, ou deixando de fazer com algum motivo
subliminar. Desta forma é que surgem os modismos, os produtos do momento e a
vontade de reproduzir e/ou consumi-los. É desta forma que percebo a
subjetividade atrelada à mídia e é desta forma que há massificação, a
atomização do ser, quando deixam de observar e criar algo novo, para apenas
reproduzir o que já foi reproduzido. Trata-se de uma subjetividade que existe e
parou de funcionar, digamos, ou que não foi estimulada o suficiente.
Contudo, se houver um número cada vez maior de veículos e discussões em
torno das expressões particulares de cada região, a consciência e respeito à
manutenção das tradições será igualmente maior. Caso haja uma coordenação
uniforme da mídia, a população será cada vez mais homogênea, perdendo as
experiências cultivadas há tempos e a oportunidade dessas tradições evoluírem,
serem transformadas às características de cada época que surge.
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